Trio de estudantes do Campus de Quixadá vai para final de maratona internacional de programação pela primeira vez

Os estudantes Douglas Nóbrega, Claro Sales e Paulo Miranda, do Campus da Universidade Federal do Ceará em Quixadá, conseguiram um feito inédito: a classificação para a final da maratona International Collegiate Programming Contest (ICPC), que ocorrerá em Moscou (Rússia), de 1º a 6 de outubro de 2021. É a primeira vez que uma equipe da UFC irá participar de um evento internacional na área de programação, e justamente o maior do mundo no segmento, com delegações de 3.406 universidades de 104 países.

A equipe de Quixadá se classificou para a final da maratona ICPC em outubro na Rússia. Da esquerda para a direita, Prof. Wladimir Tavares, Claro Sales, Paulo Miranda e Douglas Nóbrega, em foto tirada antes da pandemia de covid-19 (Foto: Divulgação)

O trio viajará à capital russa para participar presencialmente da competição, seguindo todos os protocolos aprovados pelas autoridades sanitárias de vacinação, testagem e uso de máscaras contra covid-19. Douglas Nóbrega e Paulo Miranda são alunos do Curso de Engenharia da Computação e Claro Sales é do Curso de Ciência da Computação.

Os estudantes integram o Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMP), sob a orientação do Prof. Wladimir Araújo Tavares. Em 2019, na etapa final da maratona organizada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), em Campina Grande (PB), a equipe de Quixadá foi classificada em 7º lugar nacional e na 15ª colocação na América Latina, obtendo a medalha de bronze. Com base nesses resultados, o trio cearense foi convidado pela organização do ICPC para a final mundial. No ano passado, antes da pandemia de covid-19, os estudantes medalhistas foram recebidos em Fortaleza pelo reitor da UFC, Prof. Cândido Albuquerque. 

Para o coordenador do GEMP e treinador da equipe, Prof. Wladimir Tavares, participar de eventos dessa natureza desenvolve, nos estudantes, as habilidades para projetar algoritmos eficientes. Tais competências, segundo o docente, melhoram as perspectivas de empregabilidade, pois as empresas de tecnologia de informação (TI) valorizam essas experiências nos currículos dos candidatos. Nas competições de programação, as equipes têm até cinco horas para resolver problemas complexos criados a partir de situações reais.

“A participação em competições de programação aumenta o entusiasmo dos estudantes no estudo de algoritmos e estrutura de dados. Acredito que essa classificação mostra que o trabalho realizado na UFC está em pé de igualdade com as maiores universidades do Brasil e do mundo. Além disso, esse resultado motiva todo o corpo discente a superar seus limites”, avalia Tavares.

O aluno Douglas Nóbrega reconhece os benefícios por ter participado dessas competições na sua vida profissional. Após a medalha de bronze há dois anos, ele e os companheiros de equipe receberam uma proposta de estágio remunerado e, durante três meses, trabalharam em uma empresa instalada no Porto Digital em Recife (PE). Neste mês de agosto, Douglas conseguiu um estágio na Google até fevereiro de 2022, quando irá se formar.

“Participar da maratona me ajudou muito no geral, porque na nossa área de TI, normalmente as entrevistas são feitas através de resolução de problemas. Nas maratonas aprendemos a programar, a pensar rápido, a juntar assuntos e saber usar estruturas de dados de maneiras diferentes”, comenta Douglas Nóbrega.

As maratonas abordam duas matérias prediletas do estudante Paulo Miranda: a matemática e a programação. Como bolsista do GEMP, Paulo estudou tópicos avançados para motivar e ensinar os demais colegas. Dessa forma, o aprendizado foi dinâmico e divertido, potencializando o trabalho em equipe e ampliando os conteúdos vistos nas disciplinas da graduação. “A final da ICPC era um sonho. Ficamos muito felizes por conseguir realizá-lo. A expectativa é fazer uma boa prova e curtir bastante a experiência”, pontua Paulo Miranda.

Fonte: Núcleo de Comunicação do Campus da UFC em Quixadá ‒ e-mail: comunicacao@quixada.ufc.br